Biografia da
coordenadora e homenageada da Editora Popular Abadia Catadora
A convite
da irmã em 1997 chega à cidade Estrutural, onde passou a morar com sua família.
Com a falta de infraestrutura, insegurança e o crescimento de desempregados na época, os moradores que chegavam vindos de Ceilândia a procura de construir
seus lotes na Vila Estrutural, passaram a possuir como principal fonte de renda
o lixão do Distrito Federal, foi a partir daí que em 1998, juntamente com
familiares, que Abadia iniciou suas atividades de reciclagem de lixo.
O trabalho
com ferro, madeira, papelão e garrafas petes garantiu a família Teixeira a
construção de suas casas e certa melhoria de vida, além da conscientização do
meio ambiente através da produção de adubo orgânico, interesse este também
despertado pela reciclagem do lixo. Dessa
iniciativa surge então a Associação de Moradores da Cidade Estrutural, onde
Abadia conheceu Deuzanir Noleto, bancaria aposentada que dava aulas de
alfabetização na cidade, e dessa parceria nasce uma grande mobilização em favor
da educação e economia solidária, que traz a Estrutural um Banco Comunitário e a
sua primeira Biblioteca Comunitária.
Os livros da
biblioteca eram todos encontrados e reaproveitados do lixão, graças ao trabalho
da família Teixeira, que os recolhia, limpava e emprestava para as crianças que
não possuíam condições para estudar em casa. Mas por causa da precariedade dos
livros e a localização da Biblioteca próximo ao lixão, muitos estudantes deixaram
de frequenta-la, tornando-se inativa.
Apenas após
um ano a Biblioteca Comunitária conquistou seu espaço, com uma proposta de trabalho
dada a Abadia no Paranoá, cujo salário investiu na construção da mesma ainda em
processo de acabamento, biblioteca essa que foi incluída mais tarde como uma
das ações do Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (MECE), projeto que
hoje também é ocupada pela Casa dos Movimentos, onde atualmente existe a
Editora Popular Abadia Catadora, que leva o seu nome como homenageada.
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